Na terça-feira, 06 de dezembro, a Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES) participou de uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa da Paraiba para debater a decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que considerou inconstitucional o direito das comunidades escolares elegerem seus gestores. Com essa decisão, passa a ser competência do governo estadual a nomeação de diretores e vice-diretores escolares. O pedido foi do Ministério Publico.
Entre as falas que agitaram o plenário, estavam a da presidente e do vice da APES, Maria Denise e Jonata Silva, que se colocaram contra a decisão do Tribunal e a favor do direito de escolha dos estudantes sobre qual o melhor modelo de gestão. Defendeu-se que tal decisão contrasta bastante com o projeto "Escola sem Partido", que determina que nenhuma ideologia deve ser debatida no ambiente escolar. Ora, se a academia deve ser apartidária, nenhum governador representante de partido A ou B deveria participar diretamente de suas eleições. João Batista, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, fez uma fala sobre a situação precária estrutural nas salas, pátios e laboratórios estudantis. "Lutamos pela reorganização urbana e moradia digna e nos somamos à luta por educação", disse.
A mesa reuniu vários sindicatos ligados à educação, professores e alunos e foi coordenada por Anisio Maia, único deputado presente na audiência. As propostas foram encaminhadas ao deputado, que no final propôs uma conversa formal das lideranças com o governador do estado. Mas está claro que se a conversa não for capaz de barrar essa decisão do TJPB, haverá muita mobilização e luta. A APES segue decididamente na luta em defesa da democracia nas escolas!
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